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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Mau início de época para Rafael Lobato

Disputou-se neste fim-de-semana a jornada inaugural do Campeonato de Portugal de Offroad 2013, no Circuito da Costilha em Lousada, com 40 pilotos inscritos.
Foram dois dias em que as condições atmosféricas foram boas, o que contribuiu para que as bancadas apresentassem uma moldura humana muito interessante, comparecendo a esta prova 12 pilotos na categoria Super 2000, a classe rainha para viaturas de tração à frente até 2000 cc de cilindrada.
Rafael Lobato fazia a sua estreia nesta categoria e teria que enfrentar pilotos muito experientes e com viaturas muito competitivas. O piloto de Vila Real já esperava naturais dificuldades devido ao fraco conhecimento que tinha do seu Citroen Saxo, mas nada o tinha preparado para o descalabro que aconteceria durante toda a prova. Numa classe tão participada e competitiva, qualquer falha é muito penalizadora e condiciona a prestação de toda a jornada.
O dia de sábado estava reservado ás verificações técnicas e administrativas, seguindo-se as duas sessões de treinos cronometrados e a 1ª Corrida.
A primeira sessão de treinos ditaria o mote para o resto da prova, pois um problema de alternador fez com que o carro de Rafael Lobato ficasse parado na pista logo na volta inicial. Resolvido o problema, seguia-se a 2ª sessão de treinos e a última oportunidade para conseguir um bom lugar na grelha de partida, condição essencial nesta disciplina em que as provas são de sprint e com apenas 5 ou 6 voltas. Depois de 2 voltas para colocar os pneus à temperatura ideal, reconhecer a pista e verificar o comportamento do carro nesta pista, Rafael preparava-se para fazer a sua série de voltas rápidas quando surge um problema na caixa de velocidades que somente permitia a utilização das velocidades superiores erraticamente. Sendo assim, e só conseguindo utilizar normalmente as duas primeiras velocidades, não é de admirar que apenas tenha alcançado o 9º tempo a cerca de 1,3s do piloto mais rápido, Bruno Lima.
Com pouco tempo de intervalo para a 1ª Corrida, foi tentada uma reparação do problema. O grupo de pilotos desta Divisão foi dividido em 2, tendo Rafael Lobato ficado na Série A, de onde partia no 5º lugar.
Com um arranque excepcional, chega à primeira curva em 2º e a disputar a posição de liderança. Esta luta duraria pouco tempo pois voltou a ter alguns problemas com a caixa de velocidades e de pneus que fizeram com que baixasse à 3ª posição final nesta Série e ao 6º lugar no total da Corrida.
O dia de Domingo estava reservado para a disputa das Corridas 2 e 3 e ainda a Final A e B.
Depois de um Warm-up em que tudo parecia estar normal, os pilotos dirigiram-se para a pré-grelha da Corrida 2. Quando Rafael Lobato foi chamado para o 3º lugar da grelha de partida da sua série B, verificou que não conseguia engrenar nenhuma mudança pelo que a sua prova terminou ali mesmo. Com a consequente penalização em pontos que a não participação implica, toda a prova estaria muito comprometida a partir dali e seria muito difícil fugir aos últimos lugares, caindo para o 11º lugar e penúltimo na classificação geral.
A corrida 3 seria mais uma repetição dos problemas acontecidos anteriormente. Partindo de último lugar na série A, conseguia subir vários lugares no arranque, mas logo depois começava a atrasar-se irremediavelmente com os problemas mecânicos que afligiam o seu carro. No final acabava em 4º da sua Série e mantinha o 11º lugar na geral.
A última hipótese de remediar os estragos estava na Final B, em que os 2 primeiros classificados seriam repescados para a Final A, que ditava os lugares mais altos da classificação final e a atribuição dos pontos mais altos para a classificação do Campeonato.
Arrancando do último lugar, chegou à primeira curva no 2ª posto. Depois de alguns toques que sofreu na travagem, desceu para 3º mas voltaria a subir para 2º ainda na volta inicial. O atraso para o líder já era significativo mas o Rafael ainda conseguiu encurtá-lo. O 2º lugar era mais do que suficiente, mas os problemas de caixa de velocidades regressaram ainda mais fortes, pois desta vez apenas podia usar a 1ª velocidade. Até ao final lutou o mais que pode para conservar o 2ª lugar que dava direito a participar na Final, mas não conseguiu resistir nas 3 voltas que ainda restavam e acabou por ser ultrapassado por outro piloto, terminando em 3º lugar.
A prova de Lousada viria a ser ganha por Rui Sirgado, que se mostrou muito forte desde o início, seguido de Helder Ribeiro e Pedro Alves que fez uma prova fantástica.
A equipa vai agora reunir-se para discutir tudo o que se passou nesta prova e discutir quais os passos seguintes a tomar. Várias coisas vão ter que mudar pois o piloto tem noção de que pode vir a ser muito competitivo nesta época de estreia na Divisão superior, mas precisa de rodar o maior tempo possível no carro e sem problemas.
Queremos mais uma vez agradecer o apoio dos patrocinadores, amigos e todos que acompanham a carreira do Rafael e que nos visitaram em Lousada. Tudo faremos para honrar o vosso apoio constante e prometemos que vamos regressar em força já na próxima prova, em Sever do Vouga, nos dias 15 e 16 de Junho.

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